domingo, 4 de agosto de 2013

PAPA FRANCISCO

Fonte: Uol notícias
Estamos vivendo o momento de “transiçãoplanetária”; e, conforme nos relatam as mensagens (LIVROS I), na dimensão astral está havendo um trabalho intenso de reurbanização, desestruturando os laboratórios dos magos negros, e  libertando os espíritos que estavam sob hipnose a serviço dos espíritos trevosos. O trabalho é intenso devido a existência de  inúmeras regiões vibratórias densas no astral inferior. Este grande trabalho no astral se reflete na dimensão física, e é percebido através dos trabalhos de pacificações em comunidades do Rio de Janeiro, das inúmeras revoltas populares em todo o planeta, conseguindo derrubar regimes de ditadores. No Brasil, atualmente, temos vistos as manifestações de grande número de jovens que saíram às ruas para protestarem contra a administração pública, que não tem conseguido resolver os problemas nas áreas de saúde, educação, segurança e transporte. Os jovens, também, manifestaram a sua indignação contra a corrupção administrativa de políticos que desviam verbas e ganham propinas nas obras superfaturadas.
     O interessante é perceber o reflexo deste momento de transição aqui no Brasil, com o levante dos jovens, como um momento de renovação. Este momento, as vésperas do grande evento da Jornada Mundial da Juventude, e a peregrinação do Papa Francisco, nos dá a certeza de mudanças positivas para a construção de uma sociedade mundial mais fraterna e justa.
     Estamos vivendo o momento belíssimo da visita do Papa Francisco ao Brasil, e que tem mostrado,  através de sua postura e discurso, uma esperança nova para o despertar da fé de inúmeras pessoas, para que possam compreender a mensagem da “Boa Nova” deixada por Jesus. O Papa franciscano vem reavivar a imagem de Jesus que iniciou sua missão sublime de construção do “Reino de Deus na Terra”, que é o desenvolvimento da obra divina no coração dos homens. O “discurso do Papa em Aparecida do Norte pedindo para que todos os fiéis adotem três posturas em suas vidas, e que são: Conservar a esperança; deixar-se surpreender por Deus; e viver na alegria demonstra que está em sintonia com a “Boa Nova” de Jesus, que ensinou que - “Bem Aventurados” são os que suportam as dificuldades da vida com resignação e confiança na Justiça Divina, porque estão depurando as energias densas que revestem suas almas e habitarão o “Reino dos Céus”, que é uma dimensão vibratória com frequência mais elevada no plano astral. Jesus nos ensinou que não estamos desamparados, pois, como individualidades cósmicas criadas por Deus, estamos vinculados a um projeto evolutivo onde despertamos nossas potencialidades da alma através do amor ou da dor, dentro da lei de “Ação e Reação”. Vivendo com Deus no coração e fazendo uma reforma intima em nossa postura, aparando as arestas que são os maus comportamentos tais como: a maledicência, a vingança, o ódio, a inveja, e outros sentimentos desarmoniosos, e desenvolvendo as qualidades da alma que são: a postura de fraternidade, o perdão, a compreensão, a humildade, a simplicidade e o desejo de servir a humanidade e não ser servido, como disse o Papa, estaremos vivendo na “alegria da vida”. A “Boa Nova” de Jesus  descrita no sermão da montanha traz o alicerce do desenvolvimento de uma humanidade fraterna, e que o Papa convoca a todos, e principalmente os jovens,  que com sua alegria possam construir, desde já, um mundo renovado. Estamos felizes com a postura do Papa, com sua humildade e simplicidade, dando continuidade no trabalho dos primeiros apóstolos de Jesus, que iniciaram a construção do Reino de Deus na Terra, no coração da humanidade.

V. Lau

Mateus cap.5
1E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos;
2E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:
3Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
4Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
5Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
7Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
8Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
9Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
10Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;
11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.
12Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.
13Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.
14Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
15Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
16Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.
(Almeida corrigida e revisada Fiel)
Pedro Leopoldo (MG), 9 de novembro de 1940.

Espírito Humberto de Campos
PRIMEIRAS PREGAÇÕES
     Nos primeiros dias do ano 30, antes de suas gloriosas manifestações, avistou-se Jesus com o Batista, no deserto triste da Judeia, não muito longe das areias ardentes da Arábia. Ambos estiveram juntos, por alguns dias, em plena natureza, no campo ríspido do jejum e da penitência do grande precursor, até que o Mestre divino, despedindo-se do companheiro, demandou o oásis de Jericó, uma bênção de verdura e água, entre as inclemências da estrada agreste. De Jericó dirigiu-se então a Jerusalém, onde repousou, ao cair da noite.
    Sentado como um peregrino, nas adjacências do templo, Jesus foi notado por um grupo de sacerdotes e pensadores ociosos, que se sentiram atraídos pelos seus traços de formosa originalidade e pelo seu olhar lúcido e profundo. Alguns deles se afastaram, sem maior interesse, mas Hanã, que seria, mais tarde, o juiz inclemente de sua causa, aproximou-se do desconhecido e dirigiu-se lhe com o orgulho:
     - Galileu, que fazes na cidade?
     - Passo por Jerusalém, buscando a fundação do Reino de Deus – exclamou o Cristo, com modesta nobreza.
     - Reino de Deus? – tornou o sacerdote com acentuada ironia. – E que pensas tu venha a ser isso?
     - Esse Reino é a obra divina no coração dos homens! – esclareceu Jesus, com grande serenidade.
     - Obra divina em tuas mãos? – revidou Hanã, com uma gargalhada de desprezo.
     E, continuando as suas observações irônicas, perguntou: Quais são os teus seguidores e companheiros? ... Acaso terás conquistado o apoio de algum príncipe desconhecido e ilustre, para auxiliar-te na execução de teus planos?
     Meus companheiros hão de chegar de todos os lugares – respondeu o Mestre com humildade.
    - Sim – observou Hanã -, os ignorantes e os tolos estão em tua edificação. Entretanto, propões-te realizar uma obra divina e já viste alguma estátua perfeita modelada em fragmentos de lama?
    - Sacerdote – replicou-lhe Jesus, com energia serena -, nenhum mármore existe mais puro e mais formoso do que o do sentimento, e nenhum cinzel é superior ao da boa vontade sincera.
     Impressionado com a resposta firme e inteligente, o famoso juiz ainda interrogou:
    - Conheces Roma ou Atenas?
    - Conheço o Amor e a Verdade – disse Jesus convictamente.
    - Tens ciência dos códigos da Corte Provincial e das leis do Templo? – inquiriu Hanã, inquieto.
    - Sei qual é a vontade de meu Pai que está nos céus – respondeu o Mestre, brandamente.
    O sacerdote o contemplou irritado e, dirigindo-lhe um sorriso de profundo desprezo, demandou a Torre Antônia, em atitude de orgulhosa superioridade.
     No dia seguinte, pela manhã, o mesmo formoso peregrino foi ainda visto a contemplar as maravilhas do santuário, antes alguns minutos de internar-se pelas estradas banhadas de sol, a caminho de sua Galileia distante.


     Daí a algum tempo, depois de haver passado por Nazaré, descansando igualmente em Canã, Jesus se encontrava nas circunvizinhanças da cidadezinha de Cafarnaum, como se procurasse, com viva atenção, algum amigo que estivesse à sua espera.
    Em breves instantes, ganhou as margens do Tiberíades e se dirigiu, resolutamente, a um grupo alegre de pescadores, como se, de antemão, os conhecesse a todos.
     A manhã era bela, no seu manto diáfano de radiosas neblinas. As águas transparentes vinham beijar os eloendros da praia, como se brincassem ao sopro das virações perfumadas da Natureza. Os pescadores entoavam uma cantiga rude e, dispondo inteligentemente as barcaças móveis, deitavam as redes, em meio a profunda alegria.
     Jesus aproximou-se do grupo e, assim que dois deles desembarcaram em terra, falou-lhes com amizade:
     - Simão e André, filhos de Jonas, venho da parte de Deus e vos convido a trabalhar pela instituição de seu Reino na Terra!
     André lembrava-se de já o ter visto, nas cercanias de Betsaida,  e do que lhe haviam dito a seu respeito, enquanto Simão, embora agradavelmente surpreendido, o contemplava enleado. No entanto, quase a um só tempo, dando expansão aos seus temperamentos acolhedores e sinceros, exclamaram respeitosamente:
    - Sede bem-vindo!...
    Jesus então lhes falou docemente do Evangelho, com o olhar incendido de júbilos divinos.
    Estando muitos outros companheiros do lago a observar de longe os três, André, manifestando a sua tocante ingenuidade, exclamou comovido:
     - Um rei? Mas em Cafarnaum existem tão poucas casas!...
    Ao que Pedro obtemperou, como se a boa vontade devesse suprir todas as deficiências:
    O lago é muito grande e há várias aldeias circundando estas águas. O Reino poderá abrange-las todas!
    Isso dizendo, fixou em Jesus o olhar perquiridor, como se fora uma grande criança meiga e sincera, desejosa de demonstrar compreensão e bondade. O Senhor esboçou um sorriso sereno e, como se adiasse com prazer as suas explicações para mais tarde, inquiriu generosamente:
    - Quereis ser meus discípulos?
    André e Simão se interrogaram a si mesmos, permutando sentimentos de admiração embevecida. Refletia Pedro: que homem seria aquele? Onde já lhe escutara o timbre carinhoso da voz íntima e familiar? Ambos os pescadores se esforçavam por dilatar o domínio de suas lembranças, de modo a encontra-lo nas recordações mais queridas. Não sabiam, porém, como explicar aquela fonte de confiança e de amor que lhes brotava no âmago do espírito e, sem hesitarem, sem uma sombra de dúvida, responderam simultaneamente:
     - Senhor, seguiremos os teus passos.
     Jesus os abraçou com imensa ternura e, como os demais companheiros se mostrassem admirados e trocassem entre si ditérios ridicularizadores, o Mestre, acompanhado de ambos e de grande grupo de curiosos, se encaminhou para o centro de Cafarnaum, na qual se erguia a Intendência de Ântipas. Entrou calmamente na coletoria e, avistando um funcionário culto, conhecido publicano da cidade, perguntou-lhe:
    - Que fazes tu, Levi?
    O interpelado fixou-o com surpresa; mas, seduzido pelo suave magnetismo de seu olhar, respondeu sem demora:
    - Recolho os impostos do povo, devidos a Herodes.
    - Queres vir comigo para recolher os bens do Céu? – perguntou-lhe Jesus, com firmeza e doçura.
    Levi, que seria mais tarde o apóstolo Mateus, sem que pudesse definir as santas emoções que lhe dominaram a alma, atendeu, comovido:
     - Senhor, estou pronto!...
     -Então, vamos- disse Jesus, abraçando-o.
     Em seguida, o numeroso grupo se dirigiu para a casa de Simão Pedro, que oferecera ao Messias acolhida sincera em sua residência humilde, onde o Cristo fez a primeira exposição de sua consoladora doutrina, esclarecendo que a adesão desejada era a do coração sincero e puro, para sempre, às claridades do seu Reino. Iniciou-se naquele instante a eterna união dos inseparáveis companheiros.


     Na tarde desse mesmo dia, o Mestre fez a primeira pregação da Boa Nova na praça ampla, cercada de verdura e situada naturalmente junto às águas.
     No céu, vibravam harmonias vespertinas, como se a tarde possuísse também uma alma sensível. As árvores vizinhas acenavam os ramos verdes ao vento do crepúsculo, com mãos da Natureza que convidassem os homens à celebração daquele primeiro ágape. As aves ariscas pousavam de leve nas alcaparreiras mais próximas, como se também desejassem senti-lo, e na praia extensa se acotovelava a grande multidão de pescadores rústicos, de mulheres aflitas por continuadas flagelações, de crianças sujas e abandonadas, misturados publicanos pecadores com homens analfabetos e simples, que haviam acorrido, ansiosos por ouvi-lo.
    Jesus contemplou a multidão e enviou-lhe um sorriso de satisfação. Contrariamente às ironias de Hanã, Ele aproveitaria o sentimento como mármore precioso e a boa vontade como cinzel divino. Os ignorantes do mundo, os fracos, os sofredores, os desalentados, os doentes e os pecadores seriam em suas mãos o material de base para a sua construção eterna e sublime. Converteria toda a miséria e toda dor num cântico de alegria e, tomado pelas inspirações sagradas de Deus, começou a falar da maravilhosa beleza do seu Reino. Magnetizado pelo seu amor, o povo o escutava num grande transporte de ventura. No céu havia uma vibração de claridade desconhecida.
     Ao longe, no firmamento de Cafarnaum, o horizonte se tornara um deslumbramento de luz e, bem no alto, na cúpula dourada e silenciosa, as nuvens delicadas e alvas tomavam a forma suave das flores e dos arcanjos do Paraíso.
“Boa Nova” – pelo Espírito Humberto de Campos – psicografado por Francisco Cândido Xavier –FEB 2013.


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