quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O Idioma Esperanto nas Escolas


     Podemos observar que na história da humanidade as nações que se tornaram fortes economicamente levaram, além de suas fronteiras, a influência de seus produtos comerciais; e  também,  suas culturas  no campo da música, artes em geral e modismos. Com isso, seus idiomas,  de forma gradativa,  foram sendo absorvidos por outras nações. Com o passar do tempo houve o enfraquecimento de nações predominantes e o surgimento de outras com novas forças econômicas, mudando o cenário de influências linguísticas e culturais. Na atualidade, a influência do idioma das nações predominantes se torna mais acentuada devido a forte e acelerada influência da tecnologia, principalmente a da informática.
      O Esperanto, ainda desconhecido por muitos, é adotado por grupos de pessoas, religiosas ou não, que se identificam com a ideia de fraternidade. Devido a sua neutralidade, em termos de nacionalidade, e de regra gramatical, ele se torna uma ferramenta prática  e lógica no campo da comunicação humana. Ele também facilita o intercâmbio turístico entre pessoas de diferentes nações. Para o desenvolvimento da fraternidade universal, o planeta Terra necessita do estreitamento nas comunicações através de um idioma internacional neutro como o  Esperanto.
       No Brasil a dificuldade de se adotar o Esperanto no sistema educacional  é devido a já existir um déficit de outras disciplinas básicas como: Matemática, física, Química, Inglês e outras mais, devido a falta de professores.  Os baixos salários dos professores é o motivo principal pelo qual eles mudam para outras profissões, que são melhores  remuneradas. Nós brasileiros esperamos que as autoridades, eleitas pelo povo, possam corrigir esta falha de gestão na área educacional aplicando melhor os impostos pagos por todos nós.
     V. Lau








Às vésperas da aprovação final do Projeto de Lei 6162-2009, que introduz o ensino do Esperanto nas escolas de nível médio do Brasil, a Universidade de Brasília-UnB acrescentou oficialmente o Esperanto às 12 línguas atualmente ensinadas naquela universidade.
     O objetivo principal do curso de 180 horas é a capacitação adicional de atuais professores de línguas estrangeiras para o ensino do Esperanto.
O curso se destina ao público geral adulto, com um programa especial para professores de línguas no terceiro semestre. Objetiva-se que os concludentes do curso se capacitem para obter aprovação no nível C1 dos exames do Quadro Comum Europeu de Referência para línguas, conhecido como KER no meio esperantista.
     As aulas acontecerão no campus da Asa Norte da UnB, duas vezes na semana, às segundas e quartas-feiras sob  a direção dos professores Paulo Nascentes e Josias Barboza.
Esta conquista de espaço na Universidade abre caminho para um passo ainda mais importante para a evolução do ensino do esperanto no brasil, o curso de pós-graduação Latu sensu, sugerido pela própria direção da UnB. As providências necessárias já estão em andamento e esperamos poder anunciar esse curso de especialização já no início do próximo ano.



Paris (FR), abril de 1864.

Allan Kardec

LA HOMO  EN LA MONDO (no idioma internacional Esperanto)

     10. Sento de pieco devas ĉiam regi la koron de tiuj, kiuj kunvenas sub la okuloj de la Sinjoro kaj petas helpon de la bonaj Spiritoj. Purigu do vian koron;  ne lasu, ke en ĝi loĝu ia monduma aŭ frivola penso. Levu vian spiriton al tiuj, kiujn vi vokas. Por ke, trovante en vi la taŭgan staton, ili povu  ĵeti abunde en viajn korojn la semojn, kiuj tie ĝermus kaj donus fruktojn de karito kaj de justeco.

     Tamen ne kredu, ke, vin ĉiam instigante al preĝo kaj al mensa komunikiĝado kun ni, ni konsilas al vi mistikan vivadon, kiu vin tenus ekster la leĝoj de la socio, en kiu vi estas kondamnitaj  vivi. Ne; vivu kiel la homoj de via epoko, kiel devas vivi la homoj; submetiĝu al la necesaĵoj, eĉ al la frivolaĵoj de via tempo, sed plenumu ilin kun sento de pureco, kiu ilin sanktigu.

     Vi estas vokataj troviĝi en kontakto kun Spiritoj de malsamaj naturoj, de kontraŭaj karakteroj: vundu neniun el tiuj, kun kiuj vi rilatas. Estu gajaj, estu feliĉaj, sed tiu gajeco venu de trankvila konscienco, kaj tiu feliĉo estu la feliĉo de homo, kiu heredos la ĉielajn riĉaĵojn kaj kiu nur kalkulas la tagojn, kiuj lin alproksimigas al la ricevo de sia heredaĵo.

     Virto ne konsistas en severa funebra sintenado, en forstreko de  plezuroj, kiujn viaj homaj kondiĉoj permesas al vi; sufiĉas, ke vi dediĉu ĉiujn agojn de la vivo al la Kreanto, kiu donis tiun vivon; sufiĉas, ke,  kiam vi komencos aŭ finos ian laboron, vi altigu vian penson al tiu Kreanto kaj, kun ardanta animo, petu aŭ Lian protekton por sukcesi, aŭ Lian benon por la finita laboro. Ĉe io ajn, kion vi faras, pensu pri la Fonto de ĉio; neniam faru ion ne pensante pri Dio, por ke tiu penso purigu kaj sanktigu viajn agojn.

     La tuta perfekteco konsistas, kiel diris la Kristo, en la praktikado de l’ absoluta karito; sed la devoj de la karito etendiĝas al ĉiuj sociaj pozicioj, ekde la plej malgranda ĝis la plej granda. La homo, kiu vivus izolite, ne povus praktiki kariton; nur en kontakto kun siaj similuloj, en la plej penigaj luktoj, li trovas okazojn esti karitema. Kiu izoliĝas, tiu memvole  senigas sin je la plaj pova rimedo de perfektiĝo; devante pensi nur pri si mem, li vivas kiel egoisto. (Ĉap. V, § 26.)

     Ne opiniu do, ke por vivi en konstanta komunikiĝado kun ni, por vivi sub la rigardo de la Sinjoro, vi devas porti punveston kaj kovri vin per cindro; ne, ne, ankoraŭfoje ne; estu feliĉaj laŭ la bezonoj de la homaro, sed en vian feliĉon nenian entrudiĝu ia penso, ia ago, kiu povus ofendi tiujn, kiuj vin amas kaj gvidas, aŭ vuali ties vizaĝojn. Dio estas amo kaj venas tiujn, kiuj sankte amas.
    (Protektanta Spirito. Bordeaux, 1863.)
(La Evangelio Laŭ Spiritismo – Allan Kardec- traduzido para o Esperanto por Ismael Gomes Braga)
O HOMEM NO MUNDO

     10. Um sentimento de piedade deve sempre animar o coração daqueles que se reúnem sob os olhos do Senhor e imploram a assistência dos bons Espíritos. Purificai, pois, os vossos corações; não deixeis neles demorar nenhum pensamento mundano ou fútil; elevai vosso espírito até aqueles a quem chamais, a fim de que, encontrando em vós as disposições necessárias, possam lançar profusamente a semente que deve germinar em vossos corações e nele dar frutos de caridade e de justiça.

     Não creiais, todavia, que em vos exortando sem cessar à prece e à evocação mental, nós vos exortamos a viver uma vida mística que vos mantenha fora das leis da sociedade em que estais condenados a viver. Não, vivei com os homens de vossa época, como devem viver os homens; sacrificai às necessidades, mesmo às frivolidades do dia, mas sacrificai-as com um sentimento de pureza que as possa santificar.

     Fostes chamados a entrar em contato com espíritos de natureza diferente, de caracteres opostos; não choqueis nenhum daqueles com os quais vos encontrardes. Sede alegres, sede felizes, mas  da alegria que dá uma boa consciência, da felicidade do herdeiro do céu contando os dias que o aproximam de sua herança.

     A virtude não consiste em tomar um aspecto severo e lúgubre, em repelir os prazeres que as vossas condições humanas permitem; basta informar todos os atos da vida ao Criador que deu essa vida; basta, quando se começa ou acaba uma obra, elevar o pensamento até esse Criador e lhe pedir, num impulso d´alma, seja sua proteção para ser bem sucedido, seja sua bênção para a obra terminada. O que quer que fizerdes, remontai até à fonte de todas as coisas; nada façais sem que a lembrança de Deus venha purificar e santificar os vossos atos.

     A perfeição está inteiramente, como disse o Cristo na prática da Caridade absoluta; mas os deveres da caridade se estendem a todas as posições sociais, desde a menor até a maior. O homem que vivesse só, não teria caridade a exercer; não é senão no contato com os semelhantes, nas lutas mais penosas, que disso encontra ocasião. Aquele, pois, que se isola, priva-se voluntariamente do mais poderoso meio de perfeição; não tendo que pensar senão em si, sua vida é a de um egoísta. (Cap. V, nº 26).

     Não imagineis, pois, que para viver em comunicação constante conosco, para viver sob o olhar do Senhor, seja preciso envergar o cilício e se cobrir de cinzas; não, não, ainda uma vez; sede felizes segundo as necessidades da Humanidade, mas que em vossa felicidade não entre jamais nem um pensamento, nem um ato que possa ofendê-lo, ou  fazer velar a face daqueles que vos amam e que vos dirigem. Deus é amor e abençoa aqueles que amam santamente. (UM ESPÍRITO PROTETOR, Bordéus, 1863).
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec – Cap. XVII, item 10.)
Curitiba (PR), junho de 1958.
Ramatis


     PERGUNTA: - Através de um conclave mundial, não poderiam os povos escolher um idioma em grande evidência para o consagrarem como único instrumento verbal de entendimento internacional?  Atualmente, algumas nações importantes, que lideram econômica, cultural, científica e até politicamente outros povos, procuram divulgar intensamente o seu idioma e chegam mesmo a simplificá-lo para o melhor entendimento comercial. Que dizeis da competição de alguns países, pretendendo que o seu idioma pátrio se torne o exclusivo veículo de compreensão internacional?

     RAMATÍS: - Não importa a escolha e a consagração de algum idioma de mais distinção e progresso, dos que atualmente predominem no vosso orbe, seja ele proveniente da nação mais poderosa do vosso mundo ou se revista de maior influência linguística, pois não passará de uma “língua provisória”, como já aconteceu tantas vezes no pretérito. Supondo-se que no passado os filólogos tivessem tido a mesma idéia, provavelmente teriam escolhido para isso o idioma atlante, o chinês, o persa, o hebreu, o caldeu, o lemuriano ou o egípcio, pois todos eles eram de grande predominância no mundo, variando apenas de conformidade com o poder e a glória do seu povo. As nações se assemelham aos seres humanos, pois nascem, envelhecem e morrem, por cujo motivo nenhum idioma essencialmente nacional poderá sobreviver indefinidamente, visto que não poderá atender às exigências do progresso futuro.
     Mesmo os países em maior evidência e progresso, atualmente, não passam de coletividades condenadas desde o berço de sua formação; não lhes cabe o privilégio de sobreviverem além do prazo marcado pelas leis siderais, como já aconteceu com as grandes nações do passado. Se desejais conhecer o futuro dessas comunidades importantes, é bastante que consulteis a história desde a existência da Lemúria, para então verificardes que sempre se repetem os mesmos fatos, embora mudem os personagens, as roupagens e os cenários, que se apresentam, então, sob outras disposições estéticas. É possível que já não tenhais dúvida de que a velha Europa se encaminha para o túmulo das civilizações gloriosas do passado, pois não só já alcançou a sua maturidade, como também já sente a sua próxima derrocada. Gradativamente, outros povos e nações – aos quais ainda não tendes dado a devida atenção e valor – emergem de suas submissões coloniais e letargia, para se constituírem nas grandes civilizações do futuro. É a Lei Sideral, justa e disciplinadora que, em incessante atuação, rege o curso evolutivo da alma na matéria, embora os políticos, os líderes e os tiranos do mundo ainda não queiram reconhecer que suas pátrias também devem sucumbir sob o peso da mesma lei renovadora, do tempo!
     Devido à Lei Cármica, os vencidos de ontem deverão sobrepujar os vencedores de hoje; os asiáticos já se libertam do jugo colonial das nações dominadoras e se emancipam para perturbar a velha Europa, enquanto se acentua nos europeus a preocupação de atravessarem os oceanos e emigrarem para os países novos e futuras glórias da Terra. Isto posto, sabereis que, apesar das glórias e dos progressos dos povos tradicionais, e malgrado o seu idioma já consagrado como um monumento verbal, nunca poderá esse idioma servir como veículo internacional, porque não possui a absoluta e virginal neutralidade do Esperanto, que não foi edificado sob um espírito de nacionalismo pátrio, mas já nasceu absolutamente destinado a todos os povos.
“A Sobrevivência do Espírito” – Ramatís – psicografado por Hercílio Maes.




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